As tarifas dos EUA estão afetando diretamente a indústria de TI na Índia, resultando em atrasos significativos em projetos e incertezas no mercado.
Impacto das Tarifas na Indústria de TI
O impacto das tarifas na indústria de TI está se tornando cada vez mais evidente, especialmente com a recente guerra de tarifas recíprocas dos EUA, que começou a afetar a indústria de TI na Índia. As empresas estão enfrentando atrasos em contratos, pois os clientes adotam uma abordagem de espera e observação.
Grandes exportadores de serviços de tecnologia, como a Tata Consultancy Services (TCS), Infosys e Wipro, já estão mostrando sinais de estresse. A TCS, por exemplo, destacou a crescente incerteza que começou em fevereiro e agora está impactando os prazos dos projetos e a tomada de decisões dos clientes. O CEO da TCS, K. Krithivasan, mencionou que, embora o ambiente de negócios fosse positivo até fevereiro, a incerteza começou a afetar os projetos, especialmente no setor de bens de consumo e hospitalidade.
A Wipro também está enfrentando dificuldades devido ao anúncio de tarifas dos EUA. Apesar de ter começado o trimestre de janeiro de 2025 de forma positiva, a empresa começou a notar um impacto negativo no mercado dos EUA e na Europa, com clientes desacelerando projetos de transformação.
Por outro lado, a Infosys relatou que seus clientes começaram a sentir a pressão das tarifas, mas isso não afetou as discussões com clientes existentes. Neil Shah, vice-presidente de pesquisa da Counterpoint Research, observou que a pressão crescente para a nacionalização, iniciada com tarifas sobre bens, tende a impactar a terceirização de TI, onde empresas dos EUA têm dependido de parceiros globais como a TCS.
Os especialistas afirmam que muitas empresas preferem esperar o fim do período de 90 dias de suspensão das tarifas para reavaliar seus gastos em TI, já que a incerteza é o maior desafio para os orçamentos de TI. No entanto, projetos focados em redução de custos e conformidade regulatória ainda estão sendo financiados.
A pausa de 90 dias: Sem alívio ainda
A pausa de 90 dias nas tarifas, anunciada pela Casa Branca, tinha como objetivo dar um respiro às empresas. No entanto, a realidade é que essa pausa aprofundou a hesitação entre os clientes empresariais, resultando em atrasos em negócios e suspensão de projetos de transformação digital. Um exemplo disso é um programa SAP crítico que foi colocado em pausa por um cliente do setor de consumo, que queria entender melhor a situação das tarifas antes de prosseguir.
Krithivasan da TCS também acrescentou que haverá atrasos na tomada de decisões sobre gastos discricionários se essa incerteza continuar. Existem dois tipos de contratos de serviços de TI: ‘manter o negócio’ e ‘crescer o negócio’. O primeiro continuará, enquanto o segundo, que depende de gastos discricionários, será impactado.
O que acontece após o fim da pausa das tarifas?
A maior dúvida é o que acontecerá após o término da pausa de 90 dias. Se as tarifas forem reinstauradas ou expandidas, isso poderá levar a renegociações de contratos ou até mesmo à perda de clientes. Mudanças estruturais significativas podem ocorrer na forma como as empresas dos EUA se relacionam com as empresas de TI, impulsionadas pela pressão do governo para a nacionalização e pela crescente volatilidade do mercado.
Os especialistas preveem que até dois terços dos contratos pendentes estão em um limbo devido às incertezas das tarifas. Além disso, há uma potencial redução de 10-20% nas oportunidades de crescimento futuro devido às guerras tarifárias e à inflação crescente nos EUA, o que exigirá que a TCS e outras empresas adotem modelos de engajamento mais flexíveis para proteger seus pipelines até que a situação das tarifas se estabilize.
As empresas de TI estão aprendendo a navegar em um mundo onde a política comercial, e não a tecnologia, se tornou o maior disruptor. Apesar de toda a incerteza, a TCS está otimista de que o ano fiscal de 2026 será melhor que o de 2025, enquanto a Infosys busca expandir em outras geografias, como o Japão.
Desafios Enfrentados pelas Empresas Indianas
Os desafios enfrentados pelas empresas indianas têm se intensificado, especialmente no setor de tecnologia da informação, devido à guerra de tarifas recíprocas imposta pelos EUA. Essa situação tem causado atrasos em contratos, uma vez que os clientes adotam uma abordagem cautelosa.
Empresas líderes como Tata Consultancy Services (TCS), Infosys e Wipro já estão sentindo os efeitos dessa incerteza. A TCS, por exemplo, alertou sobre a crescente incerteza que começou em fevereiro e que agora impacta os prazos dos projetos e a tomada de decisões dos clientes. O CEO da TCS, K. Krithivasan, mencionou que o grupo de negócios de consumo viu um aumento na cautela e atrasos em projetos discricionários, especialmente nos EUA, devido à queda significativa no sentimento do consumidor.
A Wipro também está enfrentando dificuldades semelhantes. Apesar de ter começado o trimestre de janeiro de 2025 de forma positiva, a empresa notou uma mudança negativa nas percepções do mercado, afetando tanto os EUA quanto a Europa. O CEO da Wipro, Srinivas Pallia, destacou que a alta das tarifas e a expectativa em torno disso tiveram um impacto em projetos de transformação, levando os clientes a reavaliar os cronogramas.
Por outro lado, a Infosys relatou que seus clientes começaram a sentir a pressão das tarifas, mas isso não afetou as discussões com clientes existentes. Neil Shah, da Counterpoint Research, observou que a pressão crescente para a nacionalização dos serviços de TI pode impactar o setor de terceirização, onde empresas dos EUA tradicionalmente dependem de parceiros globais como a TCS.
Os especialistas afirmam que muitas empresas preferem esperar o fim do período de 90 dias de suspensão das tarifas para reavaliar seus gastos em TI, uma vez que a incerteza é o maior desafio para os orçamentos de TI. Ray Wang, da Constellation Research, comentou que projetos focados em redução de custos e conformidade regulatória ainda estão sendo financiados.
A pausa de 90 dias nas tarifas, que deveria oferecer um alívio, acabou aprofundando a hesitação entre os clientes empresariais, resultando em atrasos em negócios, suspensões de projetos e uma desaceleração nos gastos com transformação digital. Pallia da Wipro relatou um caso em que um programa SAP crítico foi pausado devido à incerteza em torno das tarifas.
Com a expectativa de que as tarifas sejam reinstauradas após o período de pausa, a questão que permanece é como isso afetará as negociações de contratos e a retenção de clientes. Shah e Wang alertam que até dois terços dos contratos pendentes podem ficar em limbo devido a essas incertezas, com um impacto potencial de 10-20% nas oportunidades de crescimento futuro.
As empresas de TI estão aprendendo a navegar em um mundo onde a política comercial, e não a tecnologia, se tornou o maior disruptor. Apesar de toda a incerteza, a TCS mantém a esperança de que o ano fiscal de 2026 será melhor que o de 2025, enquanto a Infosys busca expandir em outras geografias, como o Japão.
Fonte: Computer World
O Futuro Após a Pausa das Tarifas
O cenário pós-pausa das tarifas é repleto de incertezas para a indústria de TI na Índia. Com a guerra de tarifas recíprocas dos EUA, empresas como Tata Consultancy Services (TCS), Infosys e Wipro estão enfrentando atrasos em contratos e uma mudança na abordagem dos clientes, que agora adotam uma postura de espera.
A TCS, a maior provedora de serviços de TI da Ásia, já sinalizou que a incerteza começou a impactar os prazos dos projetos e a tomada de decisões dos clientes. O CEO K. Krithivasan mencionou que, embora o ambiente de negócios fosse positivo até fevereiro, a situação começou a mudar em março, resultando em atrasos e diminuição de projetos, especialmente na área de consumo.
Wipro também está sentindo os efeitos da situação. Apesar de um início positivo no primeiro trimestre de 2025, a empresa notou uma mudança negativa nas percepções do mercado, com clientes na Europa e nos EUA adiando projetos de transformação devido ao aumento das tarifas.
Por outro lado, a Infosys relatou que, embora seus clientes estejam enfrentando pressões tarifárias, isso não afetou as discussões com clientes existentes. Neil Shah, da Counterpoint Research, destacou que a pressão para a nacionalização dos serviços de TI pode impactar o outsourcing, um setor que sempre contou com parceiros globais como a TCS.
Os especialistas indicam que muitas empresas preferem esperar o fim da pausa de 90 dias nas tarifas para reavaliar seus gastos em TI, uma vez que a postura comercial dos EUA se torne mais clara. Ray Wang, da Constellation Research, enfatizou que a incerteza é o maior desafio para os orçamentos de TI, mas projetos focados em redução de custos e conformidade regulatória ainda estão sendo financiados.
A pausa de 90 dias: sem alívio ainda
A pausa de 90 dias nas tarifas, anunciada pela Casa Branca, deveria oferecer um respiro às empresas, mas a realidade é que aprofundou a hesitação entre os clientes corporativos, resultando em atrasos em negócios e suspensão de projetos de transformação digital. Um exemplo disso é um programa SAP crítico que foi interrompido por um cliente do setor de consumo, que decidiu pausar o projeto até entender melhor a situação das tarifas.
Krithivasan também alertou que a continuidade da incerteza pode atrasar decisões sobre gastos discricionários. Existem dois tipos de contratos de serviços de TI: os que mantêm o negócio e os que buscam crescimento. Os contratos de manutenção continuarão, mas os de crescimento, que dependem de gastos discricionários, serão impactados, levando os clientes a preferirem contratos mais curtos.
O que acontece após o fim da pausa das tarifas?
A maior dúvida é o que ocorrerá após o término da pausa de 90 dias. Se as tarifas forem reinstaladas ou até expandidas, isso poderá levar a renegociações de contratos ou até mesmo à perda de clientes. Mudanças estruturais significativas podem ocorrer na forma como as empresas dos EUA se relacionam com as empresas de TI, impulsionadas pela pressão do governo para a nacionalização e pela volatilidade do mercado.
Wang afirmou que até dois terços dos contratos pendentes estão em limbo devido às incertezas tarifárias. Shah alertou que a guerra tarifária e a inflação crescente nos EUA podem impactar de 10 a 20% as oportunidades de crescimento futuro, exigindo que a TCS e outras empresas adotem modelos de engajamento mais flexíveis para proteger seus pipelines até que a situação das tarifas se estabilize.
As empresas de TI estão aprendendo a navegar em um mundo onde a política comercial, e não a tecnologia, se tornou o maior disruptor. Apesar de toda a incerteza, a TCS espera que o ano fiscal de 2026 seja melhor que o de 2025, enquanto a Infosys busca expandir em outras geografias, como o Japão.
Fonte: Computer World