A produtividade com IA é um tema quente, mas novas pesquisas mostram que seu impacto pode ser menor do que se imagina.
Um estudo recente revela que, apesar do hype, a IA ainda não está revolucionando o trabalho como muitos esperavam.
Impacto Real da IA na Produtividade
O impacto real da IA na produtividade tem sido um tema de debate intenso, especialmente à luz de novas pesquisas que desafiam a ideia de que a inteligência artificial revolucionará o ambiente de trabalho.
Um estudo recente revelou que, apesar da expectativa de grandes mudanças, a IA, especialmente os chatbots, teve um efeito limitado nas rotinas de trabalho.
De acordo com a pesquisa, os chatbots economizaram, em média, apenas uma hora por semana para os trabalhadores, e em alguns casos, até criaram novas tarefas. Por exemplo, 8,4% dos trabalhadores relataram que a IA gerou novas responsabilidades, como a elaboração de prompts e a análise de resultados, sugerindo que a IA pode reestruturar funções, mas não necessariamente aumentar a produtividade de forma significativa.
Além disso, a maioria dos usuários de chatbots (entre 64% e 90% em várias ocupações) afirmou que a IA lhes proporcionou uma economia de tempo, com uma média de 25 minutos por dia. No entanto, quando se calcula a frequência de uso da IA e a economia de tempo por dia, isso resulta em apenas 2,8% de tempo economizado, ou cerca de uma hora por semana.
Outro ponto importante é que apenas 3% a 7% dos ganhos de produtividade se traduziram em salários mais altos, e não há evidências de cortes de empregos ou contratações relacionadas ao uso de chatbots. Isso sugere que, embora a IA possa facilitar algumas tarefas, seu impacto na produtividade e nos salários ainda é limitado.
O estudo também destacou a importância do apoio dos empregadores na adoção da IA. Quando incentivados e treinados, 83% dos trabalhadores utilizaram a IA, em comparação com apenas 47% sem esse incentivo. Isso mostra que o investimento das empresas em tecnologia é crucial para desbloquear o potencial produtivo das novas ferramentas.
Por fim, a pesquisa conclui que, embora a IA tenha o potencial de mudar a natureza do trabalho, isso não significa que ela aumentará automaticamente a produtividade. As empresas devem se concentrar em identificar como a IA pode melhorar a qualidade do trabalho, em vez de simplesmente substituir funcionários.
Fonte: Computer World
A Importância do Apoio dos Empregadores
A importância do apoio dos empregadores no uso de ferramentas de inteligência artificial (IA) no ambiente de trabalho é um ponto crucial que merece destaque.
Um estudo recente revelou que quando os empregadores incentivam e treinam seus funcionários no uso de IA, a adoção dessas tecnologias aumenta significativamente.
Por exemplo, 83% dos trabalhadores que receberam apoio dos empregadores utilizaram ferramentas de IA, em comparação com apenas 47% daqueles que não tiveram esse incentivo. Além disso, a adoção diária de IA foi de 21% entre os funcionários que foram incentivados, enquanto apenas 8% dos que usaram as ferramentas por conta própria relataram o mesmo.
Esse cenário demonstra como o investimento das empresas em treinamento e suporte pode desbloquear o potencial produtivo das novas tecnologias. Os pesquisadores destacaram que, mesmo com o incentivo, trabalhadores mais experientes ou mais velhos tendem a adotar a tecnologia com menos frequência, refletindo uma resistência a mudar hábitos estabelecidos.
Portanto, o apoio dos empregadores não é apenas benéfico, mas essencial para maximizar os benefícios que a IA pode trazer para o ambiente de trabalho. Ao promover um ambiente onde a tecnologia é bem-vinda e os funcionários se sentem capacitados para utilizá-la, as empresas podem não apenas aumentar a eficiência, mas também melhorar a satisfação e o engajamento dos colaboradores.
Fonte: Computer World
Desafios na Adoção de IA no Local de Trabalho
Os desafios na adoção de IA no local de trabalho são diversos e complexos. Apesar do alarde em torno da inteligência artificial, pesquisas recentes indicam que sua implementação ainda não teve um impacto significativo nos fluxos de trabalho.
Um estudo realizado por economistas da Universidade de Chicago e da Universidade de Copenhague revelou que os chatbots de IA economizaram apenas cerca de uma hora por semana para os trabalhadores, e em alguns casos, até criaram novas tarefas.
Os pesquisadores, Anders Humlum e Emilie Vestergaard, afirmaram que “os chatbots de IA não tiveram impacto significativo nos ganhos ou nas horas registradas em qualquer ocupação”. Isso desafia a narrativa de uma transformação iminente do mercado de trabalho devido à IA generativa.
O estudo focou no mercado de trabalho dinamarquês em 2023 e 2024, analisando dados de 25.000 trabalhadores e 7.000 locais de trabalho. Os pesquisadores observaram que, até o final de 2024, os chatbots de IA eram amplamente utilizados, com a maioria das empresas incentivando seu uso.
No entanto, 8,4% dos trabalhadores relataram que a IA criou novas tarefas, que tendem a ser mais sofisticadas, como a elaboração de prompts e a análise de resultados.
Embora a maioria dos usuários de chatbots tenha relatado uma economia de tempo, em média, os ganhos de produtividade foram modestos, com apenas 2,8% do tempo de trabalho economizado, ou cerca de uma hora por semana. Além disso, apenas 3% a 7% dos ganhos de produtividade se traduziram em salários mais altos.
Outro desafio identificado foi a importância do incentivo dos empregadores. Quando apoiados e treinados, 83% dos trabalhadores usaram IA, em comparação com apenas 47% sem esse incentivo. Isso destaca a necessidade de investimentos complementares por parte das empresas para desbloquear o potencial de produtividade das novas tecnologias.
Além disso, mesmo com o incentivo, trabalhadores mais experientes ou mais velhos mostraram resistência à adoção da tecnologia, refletindo uma inércia de hábitos.
Outro ponto importante é que, embora os resultados da IA sejam notáveis, eles precisam ser personalizados para serem eficazes na maioria dos empregos. O uso eficaz da IA requer treinamento e configuração específica para cada organização, e ainda há muito trabalho a ser feito em torno do design de prompts e da contextualização das saídas da IA.
Por fim, as empresas devem ver a IA como uma oportunidade de melhorar a qualidade do trabalho, em vez de substituir funcionários. A adoção da IA deve ser encarada como uma forma de redefinir o que significa um “resultado competente” no local de trabalho.
Fonte: Computer World