Um novo estudo da Surfshark revela que a coleta de dados pelos navegadores é alarmante, com Chrome liderando o ranking.
Chrome: O navegador mais faminto por dados
O Chrome se destaca como o navegador mais faminto por dados, coletando uma impressionante variedade de informações dos usuários. Um estudo recente revelou que o Chrome é o único navegador que coleta informações financeiras, como métodos de pagamento e detalhes de contas bancárias. Além disso, ele é o único que acessa a lista de contatos do telefone do usuário, o que levanta preocupações sobre a privacidade.
Os pesquisadores analisaram 10 navegadores populares em dispositivos Apple e descobriram que o Chrome coleta 20 tipos diferentes de dados, enquanto a média dos outros navegadores é de apenas seis. O Bing é o segundo navegador mais voraz, coletando 12 tipos de dados, e o Safari da Apple coleta oito.
Entre os dados coletados pelo Chrome estão informações de contato, detalhes financeiros, localização, histórico de navegação, histórico de buscas, conteúdo do usuário, identificadores, dados de uso e diagnósticos. Essa coleta abrangente levanta questões sobre a necessidade de tais informações para o funcionamento do navegador.
Além disso, 40% dos navegadores analisados coletam a localização dos usuários. O Chrome, o Safari e o Opera coletam localização aproximada, enquanto o Bing é o único que coleta dados de localização precisos. Curiosamente, 60% dos navegadores não coletam nenhuma informação de localização, o que sugere que essa prática não é essencial para a operação de um navegador.
Outros navegadores, como DuckDuckGo e Firefox, evitam coletar dados sensíveis, mas ainda assim coletam informações como dados de uso e identificadores de dispositivo, tornando-os uma opção moderada para usuários preocupados com a privacidade.
O analista sênior da Forrester, Andrew Cornwall, comentou que muitos usuários estão dispostos a abrir mão de parte de sua privacidade em troca de conveniência, como o preenchimento automático de dados de pagamento. Essa troca pode levar os usuários a não perceberem a quantidade de informações que estão compartilhando.
O diretor de pesquisa do Info-Tech Research Group, Safayat Moahamad, destacou que os navegadores móveis estão em uma posição única para observar o comportamento do usuário e que as empresas utilizam esses dados para personalizar serviços e impulsionar a publicidade direcionada. Quanto mais detalhados os dados, mais valiosos eles se tornam para a receita publicitária.
Moahamad também alertou sobre os riscos de segurança crescentes para os usuários, já que os navegadores armazenam cookies de sessão que podem ser roubados por hackers. Isso permite que atacantes acessem contas sem precisar de senhas, comprometendo a segurança dos usuários.
Em relação à coleta de dados pessoais, Cornwall afirmou que não existem soluções técnicas definitivas, apenas mitigação, como a exclusão de cookies e a desativação de localização. Embora algumas legislações de proteção de dados tenham sido implementadas, ainda existem lacunas que permitem que multinacionais operem em um ambiente regulatório confuso.
Privacidade em foco: O que os navegadores coletam?
Um novo levantamento realizado pela Surfshark revelou que o Chrome é o navegador que mais coleta informações dos usuários, enquanto o TOR se destaca como o navegador mais focado em privacidade, não coletando dados algum.
Os pesquisadores analisaram 10 navegadores populares em dispositivos Apple nos EUA, utilizando a ferramenta de inteligência de mercado AppMagic. O Chrome se destacou por coletar 20 tipos diferentes de dados, incluindo informações de contato, detalhes financeiros, localização, histórico de navegação, histórico de buscas, conteúdo do usuário, identificadores, dados de uso, diagnósticos e outros tipos de dados. É o único navegador que coleta informações financeiras, como métodos de pagamento e números de cartão de crédito.
Além disso, o Chrome é o único que coleta uma lista de contatos do telefone do usuário, do catálogo de endereços ou da rede social.
Os navegadores restantes coletam, em média, apenas seis tipos de dados, com o Bing sendo o segundo que mais coleta, com 12 tipos. O Safari, da Apple, coleta oito.
Outros achados do estudo incluem:
- 40% dos navegadores analisados coletam a localização dos usuários. Safari, Chrome e Opera coletam localização imprecisa, enquanto o Bing é o único que coleta dados de localização precisos. A pesquisa apontou que 60% dos aplicativos não coletam nenhuma informação de localização, levantando questões sobre a necessidade dessa coleta.
- Apenas Opera, Bing e Pi Browser coletam dados usados para publicidade de terceiros.
- Pi Browser, Edge e Bing coletam dados que são usados para rastrear um indivíduo.
- DuckDuckGo e Firefox estão em uma categoria moderada em termos de coleta de dados, evitando coletar os dados mais sensíveis, mas ainda assim coletando informações como dados de contato do usuário e dados de uso.
- Em termos de participação de mercado mundial em dispositivos Apple, Chrome e Safari representam 90% do total.
Andrew Cornwall, analista sênior da Forrester, comentou que, se você está interessado em privacidade, um dispositivo móvel não é seu amigo. Tanto a Apple quanto o Google aprendem muito sobre você através de suas interações com o telefone. Os usuários do Android esperam algum nível de vigilância em troca de hardware e software subsidiados, enquanto os usuários da Apple esperam mais privacidade, mas deixam um rastro digital semelhante que a Apple pode seguir.
A maioria dos usuários está disposta a trocar um pouco de privacidade por facilidade de uso. Eles gostam de não ter que inserir senhas manualmente e podem permitir que o Chrome lembre seus dados de cartão de crédito para facilitar pagamentos online. No entanto, muitos não percebem a quantidade de informações que são coletadas sobre eles.
Safayat Moahamad, diretor de pesquisa do Info-Tech Research Group, destacou que os navegadores móveis estão em uma posição única para observar o comportamento do usuário. Empresas como Google e Microsoft usam os dados coletados para personalizar serviços e impulsionar publicidade direcionada.
Moahamad também mencionou que existem riscos de segurança crescentes para os usuários, já que navegadores armazenam cookies de sessão que mantêm os usuários logados, e hackers estão roubando esses cookies em larga escala.
Quando se trata da coleta de dados pessoais por navegadores, Cornwall afirmou que não existem soluções técnicas, apenas mitigação. Deletar cookies e desativar a localização podem ajudar, mas Apple e Google ainda conhecem o ID do dispositivo.
Legislações de proteção de dados mais rigorosas foram implementadas em algumas jurisdições, mas isso deixa oportunidades para multinacionais se esconderem em meio a um emaranhado de leis.
Fonte: Computer World
Implicações da coleta de dados para os usuários
A coleta de dados pelos navegadores tem implicações significativas para os usuários, especialmente em termos de privacidade e segurança. Um estudo recente revelou que o Chrome é o navegador que mais coleta informações dos usuários, reunindo até 20 tipos diferentes de dados, incluindo informações de contato, detalhes financeiros, localização e histórico de navegação. Isso levanta questões sobre a necessidade de coletar tantos dados e como essas informações são utilizadas.
Por exemplo, enquanto 40% dos navegadores analisados coletam a localização dos usuários, muitos não precisam dessa informação para funcionar adequadamente. Isso sugere que a coleta de dados pode ser mais sobre monetização do que sobre funcionalidade. Além disso, navegadores como DuckDuckGo e Firefox evitam coletar dados sensíveis, o que pode ser uma opção mais segura para usuários preocupados com a privacidade.
O que os usuários estão dispostos a abrir mão
Andrew Cornwall, analista sênior da Forrester, destacou que muitos usuários estão dispostos a abrir mão de parte de sua privacidade em troca de conveniência, como o preenchimento automático de informações de pagamento. No entanto, muitos não têm consciência da quantidade de dados que estão sendo coletados. Essa falta de transparência é preocupante, pois os dados coletados são frequentemente utilizados para personalizar serviços e direcionar publicidade, o que pode ser invasivo.
Safayat Moahamad, diretor de pesquisa do Info-Tech Research Group, enfatizou que os navegadores estão em uma posição única para observar o comportamento do usuário. A coleta de dados granular se torna valiosa para a receita publicitária e para decisões de negócios. No entanto, a falta de regulamentação adequada permite que os navegadores coletem dados sem supervisão suficiente, levantando preocupações sobre a segurança dos usuários.
Além disso, a coleta de cookies de sessão pelos navegadores apresenta riscos de segurança, pois hackers podem roubar esses cookies e acessar contas de usuários. Embora existam medidas que os usuários possam tomar para mitigar esses riscos, como excluir cookies e desativar a localização, as empresas ainda têm acesso a informações como o ID do dispositivo.
Portanto, é crucial que os usuários estejam cientes das implicações da coleta de dados e considerem o uso de navegadores que priorizam a privacidade. A legislação de proteção de dados está em evolução, mas ainda há lacunas que permitem que as empresas operem em um ambiente de supervisão fraca.
Fonte: Computer World
