O apagão europeu que afetou Espanha e Portugal é um alerta para líderes de TI.
Com a velocidade e o alcance do incidente, é crucial entender as lições que podem ser extraídas para melhorar a resiliência das empresas.
Causas do Apagão
O apagão massivo que afetou grande parte da Espanha e Portugal, além de algumas regiões da França, é notável tanto pela sua rapidez quanto pela sua abrangência. O evento começou por volta das 12h30 (horário da Europa Central) e, embora algumas fornecedoras de eletricidade tenham começado a restaurar o fornecimento, a interrupção continua a ser significativa.
De acordo com especialistas, a falha ocorreu na linha de 400 kV que conecta a rede ibérica ao restante da Europa continental. Há especulações sobre as causas, que podem incluir um fenômeno atmosférico extremamente raro ou um incêndio em uma linha de transmissão na França. Além disso, não se descartou a possibilidade de um ataque cibernético, o que destaca a vulnerabilidade das redes modernas tanto em aspectos físicos quanto digitais.
Dependência de Energias Renováveis
Um ponto importante levantado por analistas é que a Europa está se afastando de fontes de energia tradicionais, como turbinas gigantes, e se tornando mais dependente de energias renováveis que dependem do clima. Isso significa que a infraestrutura elétrica precisa confiar mais em software e sistemas de controle, que, embora estejam melhorando, geralmente recebem investimentos apenas após falhas visíveis, como a que estamos testemunhando agora.
As empresas, por sua vez, podem não conseguir reforçar a infraestrutura de transmissão, mas podem fechar suas próprias lacunas de resiliência e implementar um planejamento de continuidade de negócios responsável. Com a crescente demanda por energia, especialmente devido a tecnologias como a inteligência artificial, há menos margem de manobra nos sistemas nacionais e internacionais para fornecer redundância em caso de uma interrupção.
Os líderes de TI devem garantir que seus fornecedores, incluindo os de energia, sejam confiáveis e tomar medidas para mitigar suas próprias vulnerabilidades. Isso inclui verificar se os geradores têm combustível suficiente para mais de um dia, se as arquiteturas em nuvem podem ser transferidas para regiões externas e se os provedores de telecomunicações oferecem backup de bateria ou satélite para conexões críticas.
A diferença entre incidentes de infraestrutura nacional e a inatividade corporativa pode ser apenas um piscar de luzes. Portanto, o momento de corrigir essa lacuna é antes do próximo evento raro, e não depois.
Fonte: Computer World
Lições para a Resiliência em TI
A recente queda de energia que afetou grande parte da Espanha e Portugal, e que deixou regiões da França sem eletricidade, traz lições valiosas sobre resiliência em TI.
A situação, que começou por volta das 12h30 (horário da Europa Central), ilustra como eventos inesperados podem impactar não apenas a infraestrutura elétrica, mas também as operações de empresas que dependem dessa energia.
John Annand, especialista da Info-Tech Research Group, destaca que o verdadeiro aprendizado não está na causa exótica do apagão, mas nas consequências que se seguem. Com a Europa se afastando de fontes de energia tradicionais e se voltando para energias renováveis dependentes do clima, a vulnerabilidade das redes elétricas se torna evidente. Isso significa que as empresas precisam estar preparadas para lidar com falhas que podem ocorrer em sistemas que são cada vez mais complexos e interconectados.
Uma das principais lições é a importância do planejamento de continuidade de negócios. Annand sugere que, embora as empresas não possam reforçar a infraestrutura de transmissão nacional, elas podem fechar suas próprias lacunas de resiliência. Isso inclui garantir que geradores tenham combustível suficiente para mais de um dia, que as arquiteturas de nuvem possam mudar para regiões externas em caso de falha e que os provedores de telecomunicações ofereçam backup de bateria ou satélite para conexões críticas.
Além disso, a confiança nos fornecedores é crucial. Se um líder de TI não pode confiar em seu fornecedor de energia, é responsabilidade dele tomar medidas para mitigar riscos. Isso envolve não apenas a preparação para falhas, mas também a antecipação de eventos raros, como o apagão atual. A diferença entre incidentes de infraestrutura nacional e a inatividade corporativa pode ser apenas um piscar de luzes.
Portanto, a mensagem é clara: o tempo para corrigir essas lacunas é antes do próximo evento raro, não depois. As empresas devem se preparar para o inesperado, investindo em tecnologia e infraestrutura que garantam a continuidade das operações, mesmo diante de crises.
Fonte: Computer World