A Lenovo está revolucionando o mercado de AI PCs com seu assistente AI Now, que promete trazer soluções práticas para empresas.
O que é o AI Now da Lenovo?
O AI Now da Lenovo é um assistente de inteligência artificial que se destaca por sua abordagem focada em tarefas específicas e por operar localmente, garantindo a privacidade dos dados dos usuários.
Baseado no modelo Llama 3.0 da Meta, o AI Now é projetado para realizar funções como organização de documentos e gerenciamento de dispositivos, mesmo sem conexão à internet.
Tom Butler, VP da Lenovo, explica que a inspiração para o AI Now veio do lançamento do Copilot da Microsoft, que não conseguiu atender às expectativas. O AI Now, por sua vez, oferece uma experiência de modelo local, permitindo que os usuários criem uma base de conhecimento pessoal.
Isso significa que os usuários podem inserir conjuntos específicos de arquivos e documentos, e em seguida, realizar consultas, comparações e resumos apenas com esses dados.
Além disso, o AI Now também atua como um assistente de PC, permitindo que os usuários ajustem configurações do computador por meio de comandos de voz, como “ativar o modo escuro”. Essa funcionalidade elimina a necessidade de navegar pelo aplicativo de configurações, tornando a experiência mais intuitiva.
O AI Now representa uma resposta às preocupações de privacidade que surgiram com o Copilot da Microsoft, especialmente em relação ao recurso Recall. Especialistas apontam que, atualmente, o caso de negócios para PCs com AI, como o Copilot+, é fraco, pois as empresas ainda não veem valor suficiente para justificar um investimento em larga escala.
Lenovo, por outro lado, está se posicionando para desenvolver soluções de AI que operam diretamente nos dispositivos, o que é considerado uma forma mais segura de inteligência artificial generativa. Essa abordagem visa atender à principal preocupação das empresas: a privacidade dos dados.
O futuro do AI Now inclui a transformação do assistente em uma plataforma que permitirá que as empresas escolham entre múltiplos modelos de linguagem e ofertas de AI agentic de fornecedores como OpenAI e Meta.
Butler menciona que a visão da Lenovo é criar um “gêmeo digital” do usuário, onde o AI Now pode planejar tarefas complexas, como viagens, de forma autônoma, economizando tempo e aumentando a eficiência.
Para alcançar essa meta, a Lenovo está colaborando com vários fornecedores de software para integrar mais modelos de linguagem e agentes de AI, tornando o gêmeo digital uma realidade.
Fonte: Computer World
Desafios do Copilot+ PC
Os desafios do Copilot+ PC são evidentes, especialmente quando se trata de questões de privacidade. A funcionalidade Microsoft Recall, que deveria ser um dos principais atrativos do Copilot+ PC, gerou preocupações que impactaram negativamente a percepção do produto no mercado. Udit Singh, vice-presidente do Everest Group, destaca que o caso de negócios para o Copilot+ é fraco atualmente, o que não é incomum para a Microsoft, que frequentemente inicia com propostas que precisam ser aprimoradas ao longo do tempo.
Além disso, especialistas como Eric Helmer, CTO da Rimini Street, questionam a necessidade de as empresas investirem em PCs com inteligência artificial neste momento. Ele argumenta que, neste estágio, os PCs com IA não oferecem valor suficiente para justificar um investimento em larga escala, especialmente para empresas que já possuem capacidades de IA em ambientes de nuvem ou data center. Muitas cargas de trabalho de IA podem ser gerenciadas de forma eficaz sem a necessidade de uma unidade de processamento neural (NPU) em cada dispositivo dos funcionários.
Com as empresas se mostrando cautelosas em relação aos gastos com TI, iniciativas que proporcionam um retorno sobre investimento (ROI) imediato e mensurável continuam sendo prioridade. Helmer observa que investir em PCs com IA hoje pode significar pagar um prêmio por capacidades que em breve estarão disponíveis através de avanços em hardware e software padrão. Ele sugere que os CIOs avaliem se os PCs com IA se alinham com suas estratégias de modernização de TI e se o investimento faz sentido para as necessidades específicas de suas organizações.
Por outro lado, fabricantes como a Lenovo estão se movendo na direção certa ao desenvolver soluções de IA que operam localmente, o que é considerado a forma mais segura de inteligência artificial generativa. Himani Reddy, gerente de pesquisa de PCs da Canalys, argumenta que essa abordagem aborda a principal preocupação das empresas: a privacidade dos dados. No entanto, o mercado ainda oferece opções limitadas, e os consumidores devem decidir entre adotar as soluções disponíveis ou esperar por desenvolvimentos futuros.
Se os fornecedores não desenvolverem suas próprias IAs pessoais para PCs, como a agressiva iniciativa da Lenovo com o ‘AI Now’ e o ‘AI Companion’ da HP, o Copilot+ PC continuará sendo a principal opção. Apesar das preocupações com a privacidade associadas ao Copilot, ele ainda é visto como uma opção mais segura em comparação com modelos de IA generativa disponíveis publicamente, que as empresas podem hesitar em adotar.
A transição para a inteligência artificial agentic
A transição para a inteligência artificial agentic representa um passo significativo na evolução das assistências digitais. A Lenovo, por exemplo, está se aventurando nesse território com seu assistente AI Now, que inicialmente se concentra em tarefas específicas, como organização de documentos e gerenciamento de dispositivos, tudo feito localmente. Isso significa que os usuários não precisam se preocupar com a exposição de seus dados, uma preocupação crescente no mundo digital de hoje.
O conceito de AI Now é inspirado nas limitações do Copilot da Microsoft, que não conseguiu cumprir todas as promessas feitas em seu lançamento. Tom Butler, VP da Lenovo, destaca que a empresa está adotando uma abordagem mais focada, utilizando um modelo local que permite aos usuários interagir com sua própria base de conhecimento, realizando consultas e resumos de documentos específicos.
Além disso, o AI Now também atua como um assistente de PC, permitindo que os usuários ajustem configurações do computador apenas com comandos de voz, como “ativar o modo escuro”. Essa funcionalidade não só melhora a experiência do usuário, mas também demonstra a capacidade da Lenovo de inovar em um espaço que muitos consideram saturado.
Enquanto isso, a transição para a inteligência artificial agentic está sendo impulsionada pela necessidade de soluções que priorizem a privacidade dos dados. A Lenovo planeja expandir seu assistente para incluir múltiplos modelos de linguagem (LLMs) e ofertas de AI agentic de fornecedores como OpenAI e Meta. Essa estratégia visa transformar o PC em um gêmeo digital do usuário, onde o dispositivo pode agir de forma proativa, como planejar uma viagem, economizando tempo e aumentando a eficiência.
Com essa visão, a Lenovo não apenas busca oferecer uma experiência mais personalizada, mas também maximizar o valor do hardware disponível. A empresa está colaborando com diversos fornecedores de software para integrar mais LLMs e agentes de IA, tornando o conceito de gêmeo digital uma realidade palpável.
Essa transição para a inteligência artificial agentic não é apenas uma tendência, mas uma necessidade crescente em um mundo onde a privacidade e a eficiência são prioridades. À medida que as empresas buscam soluções que não apenas atendam às suas necessidades operacionais, mas também protejam seus dados, a inteligência artificial agentic se destaca como uma solução promissora.
